Em reunião do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), o Governo Federal decidiu prorrogar por mais 24 meses, até agosto de 2027, a alíquota de 10,8% sobre a importação de borracha natural.
A medida atende às reivindicações de produtores e entidades do setor, como a Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha Natural (APABOR) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Guilherme Campos, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (SPA/Mapa), ressaltou que a decisão valoriza a borracha nacional e fortalece a autossuficiência do setor.
“Essa é uma ação estratégica que oferece mais segurança e previsibilidade ao setor”, afirmou.
Valorização da produção nacional
A prorrogação da alíquota reforça a produção nacional, garantindo melhores preços ao produtor e estimulando a produção interna até que o país atinja a autossuficiência. No momento, o Brasil ainda depende de 40% a 50% da borracha importada para suprir a demanda interna.
Além disso, a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI) aponta que o país produz, em média, mais de 370 mil toneladas anuais de borracha natural. São Paulo lidera a produção, respondendo por mais de 60% do total, seguido por outros estados:
- Minas Gerais
- Goiás
- Bahia
- Mato Grosso do Sul
- Mato Grosso
- Espírito Santo
Nos últimos cinco anos, a produção nacional cobriu, em média, 57% da demanda interna. Paralelamente, Indonésia, Tailândia, Costa do Marfim e Malásia permaneceram como os principais fornecedores externos, reforçando a importância de políticas que estimulem a produção interna.