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Conab prevê safra recorde de grãos em 2025/2026

Produção deve alcançar 353,8 milhões de toneladas, puxada pela expansão da área cultivada

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (18), a 13ª edição da pesquisa Perspectivas para a Agropecuária 2025/2026. De acordo com o levantamento, a produção de grãos no Brasil deverá bater um novo recorde na próxima safra.

Segundo a projeção, o volume total colhido em 2025/2026 alcançará 353,8 milhões de toneladas. Esse número representa um crescimento de 1% em relação aos 350,2 milhões de toneladas produzidas em 2024/2025, até então, o maior volume já registrado pelo setor.

Aumento na área cultivada

As perspectivas divulgadas hoje indicam que o aumento na produção será impulsionado, principalmente, pela expansão da área cultivada. A expectativa é que a extensão das lavouras cresça de 81,74 milhões de hectares, registrados na última safra, para 84,24 milhões de hectares no ciclo agrícola 2025/2026.

Por outro lado, a produtividade média nacional deve apresentar uma leve queda. Conforme o levantamento, a estimativa para 2025/2026 é de 4.199 quilos por hectare, uma redução de 2% em comparação com a safra anterior.

Soja

A Conab projeta um crescimento de 3,6% na produção da soja, principal produto cultivado no Brasil, que deve atingir 177,67 milhões de toneladas na próxima safra. Na última colheita, foram colhidas 171,47 milhões de toneladas da oleaginosa.

Se confirmado, esse resultado estabelecerá um novo recorde de produção, impulsionado pelo aumento da demanda global pelo produto.

Além disso, a boa rentabilidade e a possibilidade de venda antecipada têm favorecido a cultura do algodão. Para a safra 2025/2026, a área semeada deve crescer 3,5%, enquanto a produção tende a aumentar 0,7%, atingindo um recorde de 4,09 milhões de toneladas.

Redução na colheita do milho

No caso do milho, a Conab espera uma redução de 1% na colheita em comparação com a safra 2024/2025, mesmo com o aumento da área cultivada nas primeiras duas safras.

De acordo com a Conab, essa queda na produção se deve ao crescimento do consumo interno, impulsionado principalmente pela maior demanda do grão para a produção de etanol.

Além disso, a perspectiva de aumento da demanda externa contribui para esse cenário, especialmente por conta do possível redirecionamento das compras asiáticas do milho norte-americano para o milho sul-americano. Essa mudança ocorre em resposta ao aumento das tarifas impostas por importantes países importadores na Ásia.

Apesar do crescimento na área semeada, a produção total estimada de milho, somando as três safras, deve alcançar 138,3 milhões de toneladas.

Autor

  • Curso Jornalismo no Centro Universitário IESB e tenho como objetivo ampliar meus conhecimentos e contribuir com o propósito da Arko. *Estagiária sob a supervisão da reportagem*

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