O governo do Distrito Federal confirmou, na noite desta terça-feira (3), o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no Zoológico de Brasília. O parque está fechado desde o dia 28 de maio, após a morte de duas aves silvestres — um irerê (espécie de marreco) e um pombo. Análises laboratoriais identificaram a presença do vírus em amostras coletadas do irerê. Com a confirmação, o zoológico permanecerá interditado até o dia 12 de junho, salvo novos casos no local. É o primeiro caso confirmado fora do Rio Grande do Sul.
Medidas de contenção
A Secretaria de Agricultura do DF informou que a interdição segue protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), com monitoramento contínuo das aves do parque. O caso não afeta o comércio exterior, já que para exportações só são considerados focos em granjas comerciais.
A pasta reforçou que “a população pode se manter tranquila, não havendo qualquer restrição quanto à alimentação”, pois o consumo de carne de aves e ovos devidamente inspecionados é seguro. “A gripe aviária não é transmitida por meio da ingestão desses alimentos cozidos, mesmo quando provenientes de áreas afetadas. A transmissão do vírus ocorre apenas por contato direto com aves vivas infectadas, sendo o risco de infecção humana considerado baixo”, esclareceu a secretaria.
A orientação é para que as pessoas não manipulem aves mortas e notifiquem imediatamente qualquer suspeita à Secretaria de Agricultura.
Contexto nacional
Este é o terceiro foco confirmado de H5N1 no Brasil em 2025, após registros em uma granja comercial em Montenegro (RS) e no Zoológico de Sapucaia do Sul (RS). O Ministério da Agricultura informa que mantém vigilância reforçada em todo o país para evitar a propagação do vírus.
O caso na cidade de Montenegro foi o primeiro, sendo identificado no dia 16 de maio. No dia 22, o trabalho de desinfecção foi finalizado, iniciando assim os 28 dias de vazio sanitário necessários para considerar a área livre da gripe aviária.