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56,7% desaprovam Lula; aprovação é de 39,8%, aponta o instituto Paraná

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A pesquisa divulgada hoje (25) pelo instituto Paraná aponta que a ampla maioria dos entrevistados tem uma avaliação negativa (ruim/péssimo) do governo Lula. Embora tenha ocorrido uma oscilação negativa de 0,5 ponto percentual no índice em relação a abril, a avaliação positiva (ótimo/bom) oscilou negativamente 1 ponto para baixo.

Apesar das variações estarem dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, a estabilidade dos números é ruim para o governo, já que o saldo de popularidade é negativo para Lula em 21,9 pontos. Também vale observar que a estabilidade na avaliação negativa segue em um patamar elevado, sendo o maior desde novembro do ano passado. A avaliação positiva, por sua vez, é a mais baixa nesse mesmo período.

Tabela 1 – Avaliação do Governo Lula
AVALIAÇÃO Nov/24 (%) Jan/25 (%) Fev/25 (%) Abr/25 (%) Jun/25 (%)
Ruim/Péssimo 42,3 42,6 45,0 48,0 47,5
Regular 24,2 22,5 25,0 24,4 25,8
Ótimo/Bom 32,6 33,8 28,8 26,6 25,6

 

Outro dado negativo para o Palácio do Planalto é a avaliação do presidente Lula, já que a desaprovação supera a aprovação em 16,9 pontos percentuais. Apesar da oscilação para baixo na desaprovação do presidente, o índice segue muito elevado. A aprovação, por outro lado, embora tenha oscilado positivamente em relação a abril, está abaixo do registrado entre o final de 2024 e o início deste ano.

Tabela 2 – Aprovação do presidente
AVALIAÇÃO Nov/24 (%) Jan/25 (%) Fev/25 (%) Abr/25 (%) Jun/25 (%)
Desaprova 51,0 50,4 55,0 57,4 56,7
Aprova 46,1 46,1 42,0 39,2 39,8

 

De acordo com a pesquisa, a desaprovação de Lula é mais elevada entre a população com ensino superior (67,8%); e habitantes do Sul (67%); Sudeste (59,8%); e Norte/Centro-Oeste (60,5%). A aprovação, por outro lado, é maior entre quem possui o ensino fundamental como grau de instrução (44,8%) e habitantes da região Nordeste (52%).

Hoje, a aprovação de Lula supera a desaprovação apenas entre quem possui o ensino fundamental e os habitantes do Nordeste. Ou seja, o presidente está isolado em termos de apoio popular em nichos sociais que historicamente são os pilares do lulismo.

Até o final do ano, salvo a ocorrência de algum fato novo relevante, a tendência é que o saldo de popularidade permaneça adverso para Lula. Algumas medidas que podem reverter esse quadro ainda levarão algum tempo para produzir resultados, como, por exemplo, a que trata da redução do preço do gás de cozinha.

Sem a blindagem da popularidade e apostando em uma agenda econômica marcada pelo expansionismo fiscal, o governo tende a continuar enfrentando dificuldades no relacionamento com o Congresso, onde a base aliada deverá permanecer instável.

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