A Comissão Europeia anunciou nesta terça-feira (4) que a União Europeia (UE) poderá admitir novos membros até 2030. O órgão elogiou Montenegro, Albânia, Ucrânia e Moldávia pelo avanço consistente nas reformas exigidas para a adesão ao bloco.
Por outro lado, a Comissão criticou a Sérvia por ter desacelerado seu processo de reformas. Além disso, a Comissão acusou a Geórgia de promover um grave retrocesso democrático e classificou a ex-república soviética como um país candidato apenas nominalmente à União Europeia.
“A expansão da UE é de nosso interesse”, declarou a chefe de política externa do bloco, Kaja Kallas.
Ela ressaltou ainda que “a adesão à União Europeia continua sendo um processo justo, rigoroso e baseado no mérito”. No entanto, destacou que, agora, a entrada de novos países até 2030 se tornou uma meta realista.
Montenegro, Albânia, Moldávia e Ucrânia
A comissária para a Ampliação da União Europeia, Marta Kos, afirmou que Montenegro, uma nação dos Bálcãs com cerca de 600 mil habitantes, lidera o grupo de países candidatos em seu caminho para a adesão ao bloco.
Além disso, Kos, responsável por supervisionar o trabalho do Executivo europeu com os futuros membros, elogiou a Albânia pelo que descreveu como um “progresso sem precedentes”. Ela também destacou que a Moldávia, apesar das pressões externas, tem avançado em ritmo acelerado em direção à integração europeia.
Apesar dos obstáculos gerados pela invasão da Rússia, a Ucrânia mantém seu avanço no processo de adesão à União Europeia, demonstrando resiliência e compromisso com as reformas exigidas.
“Será essencial sustentar esse impulso e evitar qualquer risco de retrocesso, em particular (na) anticorrupção”, destacou Kos.
Geórgia
A Comissão Europeia dirigiu suas críticas mais severas à Geórgia, país que já foi considerado o mais pró-Ocidente da antiga União Soviética. O órgão acusou o governo georgiano de enfraquecer o Estado de Direito e de impor severas restrições aos direitos fundamentais.
Além disso, o partido governista Georgian Dream suspendeu as negociações de adesão à União Europeia e acusou Bruxelas de tentar promover uma revolução no país, uma alegação que a UE nega veementemente.
Na semana passada, o presidente do Parlamento da Geórgia, membro sênior do Georgian Dream, anunciou que pretende banir os três maiores partidos de oposição, sob a justificativa de que eles ameaçam a ordem constitucional.

