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Rio de Janeiro oficializa pedido para sediar permanentemente o BRICS

Prefeitura oferece edifício histórico e destaca benefícios econômicos, diplomáticos e de imagem global

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), entregou nesta segunda-feira (7) uma carta de intenção ao presidente Lula (PT), oficializando o pedido para que a cidade seja a sede permanente do BRICS. O bloco, criado em 2009, ainda não possui uma sede oficial.

A proposta da prefeitura é disponibilizar ao BRICS o edifício do Jockey Club Brasileiro, localizado na região central do Rio. O prédio, projetado pelo renomado arquiteto Lúcio Costa, possui 83,5 mil metros quadrados e está atualmente subutilizado, sendo considerado ideal para abrigar as futuras operações do grupo.

Fortalecimento internacional

Segundo a prefeitura, sediar o BRICS traria impactos positivos diretos, como aumento da visibilidade internacional, fortalecimento da imagem global da cidade, geração de empregos e estímulo a investimentos estrangeiros. O prefeito Eduardo Paes afirmou que o Rio está pronto para receber representantes dos países-membros e garantir a infraestrutura necessária para que o bloco avance em suas discussões de forma permanente.

“Ao reconhecer a importância do Brics na reforma da governança global em direção a um desenvolvimento mais equitativo, o Rio de Janeiro reafirma seu compromisso com o multilateralismo e busca facilitar o diálogo contínuo entre os países-membros, promovendo a cooperação e transformando teorias em práticas concretas”, destaca a prefeitura, em nota.

Durante a 17ª Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho, o evento reuniu autoridades de 36 países e cerca de 4 mil participantes, movimentando cerca de R$ 70 milhões na economia local. A prefeitura destaca que a cidade já se consolida como um centro global de diplomacia, negócios e inovação, além de registrar aumento expressivo no fluxo turístico de países do BRICS em 2025.

Expansão do bloco

O BRICS, originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se e hoje inclui também Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Egito e Etiópia como membros plenos. Além disso, dez países participam como parceiros: Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Todos os países juntos correspondem a cerca de 55% da população mundial e 44% do PIB global.

Autor

  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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