Em discurso nesta terça-feira (13), durante o IV Fórum da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizado na China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que as distorções no comércio internacional, especialmente no intercâmbio de produtos agrícolas, nunca avançou com tratamento de forma satisfatória na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Para Lula, a imposição de tarifas arbitrárias só agrava a situação. O presidente se referia às sanções tarifárias impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para diversos países.
Explicou, ainda, que “a solução para a crise do multilateralismo não é abandoná-lo, mas sim aperfeiçoá-lo”.
Integração China-América Latina
Durante o evento, Lula ainda destacou que a China é um importante parceiro dos países sul-americanos e caribenhos para o desenvolvimento da região.
“O apoio chinês é decisivo para tirar do papel rodovias, ferrovias, portos e linhas de transmissão. Mas a viabilidade econômica desses projetos depende da capacidade de coordenação de nossos países para conferir a essas iniciativas escala regional”, destacou Lula.
De acordo com o presidente, a relação entre a CELAC e a China deve resultar em um fortalecimento das indústrias nos países sul-americanos e caribenhos, inclusive no campo das inteligências artificiais.
Lula também lembrou da participação da China no desenvolvimento de vacinas e insumos durante a pandemia do Covid-19. Para ele, reforçar a articulação entre todos esses atores permitirá aproveitar o potencial dessa relação.