No encerramento do Fórum Econômico Brasil-Japão, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Keidanren, representante da indústria japonesa, assinaram nesta quarta-feira (26) uma declaração conjunta que pede aos líderes de Estado o Acordo de Parceria Econômica (EPA) Japão-Mercosul.
O presidente Lula (PT) destacou a estabilidade do cenário brasileiro para assegurar os investidores estrangeiros. “Quero convidar os japoneses a investirem no Brasil, pois somos um porto seguro”, disse, reforçando ainda a importância do comércio livre e do multilateralismo, com troca nas mais diversas áreas, “sem muros”.
O vice-presidente do Keidanren, Tatsuo Yasunaga, destacou a relevância da assinatura do acordo e afirmou que o encontro era uma oportunidade para que os empresários mandassem, juntos, uma mensagem aos líderes dos dois países sobre o tema.
Comércio
Dados da CNI apontam que os investimentos japoneses no Brasil aumentaram 31,6% entre 2014 e 2023, colocando o Japão em nono lugar entre os maiores investidores estrangeiros no país.
O comércio bilateral cresceu 13,3% na última década, com quase US$ 53 bilhões exportados pelo Brasil, puxados pelo aumento da participação da indústria de transformação, sobretudo alimentos. Já o Japão vendeu principalmente veículos e eletrônicos ao Brasil.
Acordo facilitará comércio bilateral
Para as representantes da indústria, o EPA Japão-Mercosul será um pilar institucional para o fortalecimento das relações Japão-Brasil no médio e longo prazo. “Uma parceria econômica fortalecida contribuirá para aprimorar a cooperação regional e internacional, reforçando a importância de mercados abertos, competitividade industrial e redes comerciais resilientes”, diz um trecho da carta entregue aos governos brasileiro e japonês.
Empresários se reuniram com Lula, ministros e presidentes do Senado e da Câmara
Durante o fórum, o presidente Lula – acompanhado de ministros e dos presidentes do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre e Hugo Motta, respectivamente – recebeu 10 empresários de setores diversos como energia, aviação, alimentos e mineração. Os executivos tiveram a oportunidade de apresentar as principais demandas dos respectivos segmentos ao chefe do governo e demais autoridades.