A ex-ministra do Trabalho Jeannette Jara e o advogado ultracatólico José Antonio Kast foram os mais votados no primeiro turno das eleições presidenciais do Chile, realizado neste domingo (16). Com 26,8% dos votos, Jara superou Kast, que ficou com 23,9%, levando ambos ao segundo turno marcado para 14 de dezembro.
Chilenos compareceram em peso às urnas
A disputa mostrou alta participação eleitoral, com 85% dos chilenos indo às urnas. Franco Parisi, populista de direita, foi surpresa ao ocupar o terceiro lugar, com 19,5% dos votos; seu eleitorado pode ser decisivo na próxima votação.
Jara, primeira militante comunista a liderar uma eleição presidencial chilena, busca ampliar diálogo com moderados e indecisos diante da polarização e do baixo apoio ao atual governo. Kast buscou agregar apoios da extrema-direita e da direita tradicional, tentando fortalecer sua posição para o segundo turno, em dezembro.
O resultado reflete o chamado “pêndulo chileno”, que evidencia oscilações políticas marcantes no país nas últimas décadas. Paralelamente ao pleito presidencial, houve renovação parcial do Congresso, com avanço significativo de Kast e aliados nas duas câmaras, o que pode proporcionar maior estabilidade a um eventual governo ultraconservador.

