Após anos de discussões, a Colômbia escolheu o Gripen E/F, caça sueco fabricado pela Saab, como seu novo avião de combate. A decisão fortalece a parceria com o Brasil, que também adquiriu o modelo e agora se consolida como futuro exportador de caças supersônicos.
O presidente colombiano Gustavo Petro anunciou a escolha no X (antigo Twitter), destacando que o Gripen já está em operação no Brasil. A aeronave será montada na linha de produção da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), o que deve gerar empregos e movimentar mais de 60 empresas brasileiras envolvidas no projeto.
Gripen supera F-16 e Rafale
A Colômbia pretende adquirir 16 unidades para substituir seus antigos Kfir israelenses. O modelo venceu concorrentes de peso, como o F-16 americano e o Dassault Rafale francês. A relação tensa entre Petro e Donald Trump pode ter pesado contra os EUA na disputa.
Além do impacto na indústria, a escolha colombiana fortalece a posição do Brasil no setor de defesa. A Força Aérea Brasileira (FAB) poderá auxiliar no treinamento de pilotos colombianos, e o governo brasileiro já negocia mais 14 unidades do Gripen, em um contrato estimado em R$ 4 bilhões.
Oportunidades na América Latina
A Saab também busca expandir sua presença na América Latina, com negociações avançadas com o Peru. O Gripen brasileiro, que combina tecnologia sueca e nacional, ganha assim mais credibilidade no mercado internacional.
A compensação negociada entre Colômbia e Saab envolve investimentos sociais, como a instalação de uma fábrica de painéis solares e a restauração de equipamentos médicos de última geração.