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Brasil sediará o Prêmio Earthshot, do Príncipe William

Evento ambiental acontecerá no Rio de Janeiro em novembro, e premiará inovações sustentáveis com £1 milhão

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O Brasil sediará o Prêmio Earthshot do Príncipe William em novembro deste ano, no Rio de Janeiro, conforme anunciado pelo Palácio de Kensington, residência oficial do futuro rei do Reino Unido. O evento ocorrerá no mesmo mês da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém.

A premiação, criada pelo príncipe de Gales, concede £1 milhão a cinco vencedores que apresentarem as melhores soluções para desafios climáticos. O Earthshot é um projeto de 10 anos que já teve edições em Londres, Boston, Singapura e Cidade do Cabo.

Inovações ambientais

O príncipe William ressaltou a importância do evento: “A cada ano testemunhamos o poder extraordinário da engenhosidade humana para enfrentar os desafios do planeta. É uma honra dar visibilidade às pessoas que estão tornando o mundo um lugar melhor para nós e para as futuras gerações.”

Um vídeo anunciando a realização do prêmio no Brasil contou com a participação de apoiadores do Earthshot, incluindo David Beckham, Cate Blanchett e brasileiros, como o ex-jogador Cafu e o ator Marco Palmeira.

Dos 15 projetos finalistas, cinco serão premiados. O painel de jurados recebeu 232 indicações de projetos da América do Sul, mais que o dobro do ano anterior.

Finalista em 2023, a brasileira Belterra Agroflorestas é uma iniciativa que busca “viabilizar a implantação de Sistemas Agroflorestais em larga escala” para promover a “regeneração da saúde do solo, restauração da paisagem natural e recuperação da biodiversidade”, como revela o site da indicada.

A empresa atua ao lado de pequenos e médios agricultores, oferecendo serviços como “assistência técnica e extensão rural especializada em agricultura regenerativa, facilitação de acesso a crédito e a mercados compradores”.

Brasil no centro das discussões climáticas

A presidente do conselho de curadores do Earthshot, a costa-riquenha Christiana Figueres, destacou a relevância da escolha do Brasil como sede da premiação. “Como latino-americana, é emocionante ver o Brasil recebendo o prêmio. O país está no centro do desafio enfrentado pelo Earthshot”, afirmou. Segundo Figueres, realizar o evento próximo à COP30 amplia sua visibilidade, e fortalece o debate ambiental.

O cenário global apresenta desafios, como o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, conhecido por seu ceticismo em relação às mudanças climáticas. Apesar disso, Figueres reforçou que os avanços da tecnologia verde e a crescente demanda por sustentabilidade não podem ser interrompidos por questões políticas.

Autor

  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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