O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), cumpre agenda oficial na Cidade do México até esta quinta-feira (28), com o objetivo de fortalecer relações políticas e ampliar os laços comerciais e de investimentos entre as duas maiores economias da América Latina.
Logo no primeiro dia da missão, a comitiva liderada por Alckmin, formada por mais de 100 empresários e integrantes do governo, celebrou parcerias com o México. As iniciativas visam aprofundar a cooperação nos setores da agropecuária e de biocombustíveis, além de fortalecer o comércio bilateral e atrair novos investimentos.
Durante a assinatura de memorandos, o vice-presidente destacou os impactos econômicos e sociais dos acordos. Ele afirmou que os entendimentos representam geração de empregos, renda e oportunidades, além de promover crescimento econômico e avanços científicos e tecnológicos para a descarbonização, sem deixar de lado a preservação ambiental.
Cooperação em biocombustíveis
O memorando sobre biocombustíveis estabelece a base para futuras ações de cooperação, visando impulsionar o crescimento do setor no México e aproveitar a experiência do Brasil na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar. A parceria inclui:
- intercâmbio de tecnologia;
- equipamentos e metodologias, acelerando o desenvolvimento da indústria de matérias-primas e biocombustíveis, além de estimular a captura;
- armazenamento de carbono a partir da bioenergia.
Com isso, abre-se caminho para a expansão ordenada e sustentável da produção de etanol, SAF e combustíveis marítimos sustentáveis. A cooperação faz parte da estratégia do Brasil de fortalecer parcerias em setores estratégicos, gerando benefícios mútuos para as duas maiores economias e democracias da América Latina.
Cooperação na agropecuária
Na sede da chancelaria mexicana, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD) e o secretário mexicano Julio Sacristán assinaram um Memorando de Entendimento, reforçando a cooperação em produção agrícola e pecuária. O acordo prevê acompanhamento técnico de pequenos e médios produtores, promoção de pesquisa e inovação tecnológica, financiamento, seguro rural e instrumentos para facilitar a comercialização de produtos agrícolas.
Além disso, os dois países concordaram em ajustar a legislação sobre rastreabilidade da carne bovina, garantindo que as exportações brasileiras para o México não sejam prejudicadas.
Novos mercados e oportunidades
Com o objetivo de impulsionar o comércio e abrir novas oportunidades, a ApexBrasil e a Secretaria de Economia do México assinaram um memorando de entendimento para promover o intercâmbio de bens, serviços e investimentos. Essa cooperação integra duas importantes políticas de desenvolvimento:
- Nova Indústria Brasil, que fortalece inovação, sustentabilidade e produtividade;
- Plano México, estratégia de longo prazo do país.
Além disso, a parceria vai promover exportações e investimentos, fortalecer capacidades institucionais e empresariais e desenvolver cadeias produtivas. Ela também busca estimular a inovação e facilitar a entrada em novos mercados, identificando oportunidades que aumentem a competitividade e o posicionamento internacional das empresas de ambos os países.
Exportações crescem
Em 2024, Brasil e México registraram uma corrente de comércio de US$ 13,6 bilhões. Nesse contexto, as exportações brasileiras somaram US$ 7,8 bilhões, destacando-se:
- veículos de passageiros (US$ 715,4 milhões);
- carnes de aves e miúdos (US$ 563,7 milhões);
- veículos de carga (US$ 507 milhões).