O líder da oposição no Congresso, Izalci Lucas (PL-DF), disse em entrevista à Arko Advice que o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), estuda marcar a sessão de vetos para o fim deste mês. “Agora estamos reunindo todas as informações sobre os vetos, com as justificativas de cada setor, para termos argumentos quando conversarmos com o governo, seja para mantê-los ou derrubá-los. Acho que o mais importante hoje é o licenciamento ambiental. Aqui dentro da Casa está bem claro que devemos derrubar os vetos. Também é necessário votar os vetos das bagagens, cuja manutenção defendemos”, complementou o senador.
Há uma movimentação entre o PL e o presidente da Câmara, Hugo Motta, para tratar da anistia. Qual o sentimento no Senado sobre isso?
Acho que a matéria, aprovada na Câmara, o que tende a acontecer, será mais fácil de ser aprovada também no Senado, com o mesmo teor de lá. O que defendemos, na Câmara e no Senado, é a anistia geral e irrestrita. O presidente do Senado foi quem declarou que haveria restrições nesse ponto. Acredito que o processo deva demorar o tempo necessário até a conclusão do julgamento, pois não há como anistiar um grupo que ainda não foi condenado. O senhor compõe a CPMI do INSS. Como avalia a semana que passou, de depoimentos, e quais as expectativas de avanço dos trabalhos? Acho que os trabalhos estão indo muito bem. Esta CPMI terá credibilidade. O relator é bastante técnico e teremos acesso a muitas informações. Estamos conseguindo aprovar requerimentos que antes não passavam. Já aprovamos a convocação dos presidentes do INSS, de servidores da área e de presidentes de associações. Agora, vamos votar requerimentos de quebra de sigilo. O maior desvio ocorreu exatamente neste governo Lula e acho que vamos avançar. O caminho é seguir o dinheiro. Como líder da oposição no Congresso, o que acha do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro? Assisti a todo o depoimento do general Braga Netto e posso afirmar que não há nenhuma prova concreta no processo, apenas narrativas. Em relação a Bolsonaro, ele sequer estava presente [no 8 de janeiro de 2023]. O delator, que é peça central, já refez suas declarações 16 vezes. Já deveria ter sido desconsiderado, além do depoimento do assessor do ministro Alexandre de Moraes, que esteve aqui e mostrou como funcionava o modus operandi do gabinete. Espero que tudo isso possa influenciar a decisão do julgamento. |