Como a bancada evangélica enxerga as eleições de São Paulo? Principalmente a disputa entre Ricardo Nunes e Pablo Marçal? Ricardo Nunes [MDB] é um prefeito com experiência de mandato, de vereador, na periferia e na Faria Lima. Quando o Bruno Covas [MDB], sabendo que estava lutando pela vida, escolheu o Nunes, confiava e sabia que ele faria uma gestão boa para a cidade. Ele é um cara que sempre foi declarado cristão, ele não se declara evangélico, já que é ligado à Igreja Católica, mas defende os nossos valores. Ele fura uma bolha nas periferias. Antigamente só o PT fazia isso. É natural, neste momento, surgirem candidatos com lacração na onda para tentar ganhar um público sobretudo de direita, que é o público mais ligado ao Bolsonaro, ligado às falas do ex-presidente. É natural isso acontecer, mas não significa que fará. Guilherme Boulos [PSOL] participou de um evento evangélico e chamou Marçal e Nunes de “falsos profetas”. Como o senhor enxerga essa fala? Com todo respeito às falas de todos os candidatos, eu conheço muito bem o Ricardo como pessoa e a sua gestão, e um pouco o Boulos, de conviver com ele no Congresso. Conheço a esquerda, conheço a direita. Nós temos muita dificuldade com a esquerda por conta das pautas. E, no caso do Boulos, com todo o respeito, ele defende a invasão de terras, defende invadir a Faria Lima. O que seria da população se não existissem os empresários e os ricos para movimentar a economia do país? Então, nós não podemos misturar as coisas. É natural, neste momento, um candidato como o Boulos tentar lacrar cantando o hino. Ricardo Nunes não é um cara que precise ir a um evento cantar um hino para se identificar com os evangélicos. Então, isso é apenas uma lacração. Crente não é besta, não cai nessa. Nós não entramos nesses contos de fada. Marçal cresceu nas pesquisas. O senhor acha que a tendência é que os votos dos evangélicos migrem para o candidato? Nunes é o candidato da direita de São Paulo e o Marçal não é candidato a prefeito, ele é candidato a presidente do Brasil. Marçal está lacrando para ganhar espaço no Brasil, então, o melhor para São Paulo é o Ricardo Nunes. Os membros do segmento evangélico acham que é bom continuar com o Ricardo, e ele se tornou naturalmente o nosso candidato. Ele tem sido um bom prefeito, nos respeita muito e é do que nós precisamos. |
Cezinha Madureira, deputado federal
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