Em entrevista exclusiva à Arko Advice, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), autor do pedido da instalação da CPI do INSS, afirmou que caso haja a instalação da comissão, terá como prioridade: “identificar quem está roubando dos mais frágeis, dos mais necessitados, dos idosos e dos doentes”. O segundo passo, de acordo com o parlamentar, será apresentar uma conclusão, com medidas para punir os que cometeram esse crime.
O senhor é o autor do pedido de CPI do INSS. Qual a espinha dorsal do projeto e quais suas expectativas?
Essa CPI tem como objetivo descobrir quem são os responsáveis por esse roubo contra os aposentados, contra os velhinhos. Sabemos que há sindicatos envolvidos e algumas associações. O valor desviado ultrapassa R$ 6 bilhões, é uma cifra elevadíssima. Com certeza não se trata apenas de meia dúzia de sindicalistas. Provavelmente, há pessoas influentes por trás desse montante de recursos. Como autor da proposta de criação da CPI, meu foco principal é identificar quem está roubando dos mais frágeis, dos mais necessitados, dos idosos e dos doentes. O segundo passo será apresentar uma conclusão, com medidas para punir os que cometeram esse crime.
O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, participou da Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados. Como autor do pedido de CPI, qual a sua opinião sobre a exoneração do ministro?
É uma realidade, diante de tudo que está sendo revelado sobre Lupi, com um rombo desse tamanho. O impacto já atinge mais de 6 milhões de cidadãos. A verdade é que o governo o está protegendo, está agindo como se nada estivesse acontecendo. Agradeço muito à imprensa, e também à Arko, por nos dar espaço para falar sobre esse assunto. O ex-ministro precisa dar explicações ao Brasil, precisa esclarecer quem está por trás desses desvios. Ele vai ter de responder. E de forma muito clara.
Em relação à anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o partido vai se movimentar para adotar outras medidas? Manterá a obstrução?
Eu gostaria de entender o porquê da resistência do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta. O PL apoiou o nome dele para pautar a anistia. Eu, como vice-líder, fiz campanha para ele, mas o Hugo Motta não cumpriu o acordo. Diante disso, buscamos assinaturas por conta própria. Nem vale a pena entrar na discussão de que não há motivo para tratar da anistia, quando sabemos que há mulheres presas, senhoras, até avós presas, sem qualquer culpabilidade. Diante da negativa do presidente da Casa, a ordem agora é trancar tudo, e eu sou um dos principais responsáveis por isso. Aliás, já estão até falando assim de mim nos corredores: “Lá vem o tranca-pauta.” Estamos lutando para que o povo tenha a sua liberdade respeitada.