A União iniciou 2025 com recorde histórico de comercialização de gás natural. Apenas em janeiro, 436 mil metros cúbicos foram vendidos por dia. A medida representa quase três vezes a média anual registrada em 2024, de 157 mil metros cúbicos diários.
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o crescimento resulta de dois pontos. Tanto o aumento da participação da União na produção do gás no campo de Sépia como o início das operações do gasoduto Rota 3 interferem positivamente. Isso porque a infraestrutura liga o pré-sal da Bacia de Santos ao antigo Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, local da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN Rota 3).
Nesse sentido, o novo gasoduto permite a ampliação da capacidade de exploração do gás natural na Bacia de Santos, tendo em vista que viabiliza uma nova rota de escoamento do produto. De acordo com dados da Petrobras, a vazão é de aproximadamente 18 milhões de metro cúbicos de gás por dia.
Além disso, outra razão que garante melhores condições de venda do gás natural está na autorização, concedida pelo MME a PPSA. Ela permite a comercialização do produto na saída do Sistema Integrado de Escoamento (SIE), o que amplia a competitividade do setor e a eficiência do mercado, por ser mais atrativo para novos investidores.
Gás natural
O gás natural é um combustível extraído do pré-sal e composto por uma ampla mistura de hidrocarbonetos. Ele permite alta produtividade com baixas emissões de poluentes, algo atrativo para a transição energética, que busca combustíveis alternativos mais sustentáveis. Assim, a exploração desse produto cresceu muito no Brasil nos últimos anos, mesmo sendo não renovável, ou seja, limitado na natureza.