O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (14) a Pesquisa Mensal de Serviços, que revela que o setor de serviços cresceu 0,1% entre julho e agosto. Com isso, o setor alcançou sete meses consecutivos de alta, acumulando uma expansão de 2,6%.
Esse resultado elevou o segmento ao maior patamar já registrado, renovando o recorde anterior, alcançado em julho.
Além disso, essa sequência de sete meses de crescimento é a mais longa desde o período entre fevereiro e setembro de 2022, quando o setor acumulou um crescimento de 5,6%.
No acumulado dos últimos 12 meses até agosto de 2025, o setor de serviços, que emprega o maior número de trabalhadores na economia, cresceu 3,1%. Na comparação com agosto do ano passado, o setor registrou alta de 2,5%.
“A leitura é de um setor de serviços que permanece resiliente, forte, que renova a série histórica”, declarou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Quatro atividades registraram crescimento
A pesquisa do IBGE identificou os serviços profissionais, administrativos e complementares como o principal destaque positivo de agosto. Esse avanço foi impulsionado, sobretudo, por empresas que atuam com programas de fidelidade e cartões de desconto, atividades jurídicas e aluguel de máquinas e equipamentos.
Entre as cinco atividades pesquisadas pelo IBGE, quatro registraram crescimento na comparação entre julho e agosto:
- Serviços prestados às famílias: alta de 1%
- Serviços profissionais e administrativos: aumento de 0,4%
- Transportes, armazenagem e correio: avanço de 0,2%
- Outros serviços: crescimento de 0,6%
Por outro lado, apenas os serviços de informação e comunicação registraram queda de 0,5%. Esse resultado ocorreu principalmente devido à alta base de comparação, o que acabou impactando a exibição e a distribuição cinematográfica, já que julho foi um mês de férias.
Transportes
No caso dos transportes, que registraram o segundo maior impacto de alta, a expansão resultou principalmente do bom desempenho do transporte rodoviário coletivo de passageiros, bem como do ferroviário de cargas, da logística e do dutoviário. Além disso, o setor ganhou força em razão do bom momento da agricultura, que aumentou a demanda por transporte para o escoamento da colheita.

