Com 5,8 gigawatts (GW) de potência instalada, São Paulo é o maior produtor de energia solar distribuída do país, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Nos últimos 12 meses, o estado adicionou 1,6 GW à sua capacidade, um crescimento de 38%.
Segundo a associação, isso se deve à popularização da energia solar no meio rural. Mais de 24 mil usinas fotovoltaicas já estão em operação em propriedades agrícolas paulistas, abastecendo cerca de 32 mil unidades em 607 municípios.
Financiamento público impulsiona painéis solares no agro
A expansão também vem após forte impulso governamental. O governo de SP oferece, por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), uma linha específica para energias renováveis. O crédito é de até R$ 250 mil para pessoas físicas e até R$ 500 mil para pessoas jurídicas, com prazo de pagamento de até 84 meses e carência de até 12.
Segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, a política energética busca apoiar a transição ecológica e reduzir os custos de produção. O secretário executivo do Feap, Felipe Alves, afirmou que o programa conta também com apoio técnico da CATI e do Itesp.
Programa federal pode ampliar impacto da energia solar no país
A nível federal, o Congresso também discute formas de aumentar a produção de energia solar. O Projeto de Lei 624/2023, que cria o Programa Renda Básica Energética (Rebe), já foi aprovado na Câmara e aguarda análise no Senado. A proposta prevê o uso de recursos já aplicados na Tarifa Social de Energia Elétrica para financiar a instalação de painéis solares em moradias de baixa renda, priorizando áreas rurais e o programa Minha Casa Minha Vida.
O Rebe pretende reduzir a dependência de subsídios tarifários por meio da autogeração de energia renovável, com economia estimada de até 95% na conta de luz das famílias beneficiadas. A gestão do programa caberá à estatal ENBPar, com financiamento do BNDES e exigência de conteúdo nacional mínimo em equipamentos e serviços.

