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Receita Federal iguala regras de fintechs e bancos para combater lavagem de dinheiro

Norma busca fechar brechas exploradas pelo crime organizado

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A Receita Federal publicou nesta sexta-feira (29) a Instrução Normativa RFB nº 2.278/2025, equiparando fintechs e empresas de pagamento às instituições financeiras tradicionais no cumprimento de obrigações de transparência e fornecimento de informações.

Pela nova regra, essas empresas passam a ser obrigadas a apresentar a e-Financeira, declaração sobre movimentações financeiras de alto valor, medida que visa reforçar o combate à lavagem de dinheiro e à ocultação de patrimônio, ampliando a fiscalização sobre o setor financeiro.

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Combate à fraude e lavagem de dinheiro

A publicação ocorre no rastro das operações Carbono Oculto, Quasar e Tank, que revelaram o uso de fintechs e fundos de investimento para movimentar recursos ilícitos ligados a facções criminosas. Segundo a Receita, fintechs têm sido usadas para lavar dinheiro, aproveitando um vácuo regulatório já que, até então, não estavam totalmente submetidas às exigências de transparência impostas aos bancos.

O objetivo é garantir que, a partir de agora, todas as contas de pagamento passem a ser rastreadas e informadas ao Fisco.

Segundo a norma, as instituições de pagamento e participantes de arranjos de pagamento obedecerão às mesmas obrigações acessórias aplicáveis ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

O detalhamento obedece à Lei nº 12.865/2013. O texto, com apenas quatro artigos, esclarece o objetivo central de combater crimes tributários e garantir que informações sobre movimentações suspeitas sejam comunicadas às autoridades competentes.

Reação a fake news

A Receita Federal reforçou que a nova instrução não visa criar novas taxações – como a incidência de impostos sobre o Pix –, mas simplesmente igualar as regras já existentes, visando evitar desinformação como a registrada no início do ano.

O comunicado destacou que a ausência de obrigação de prestação de informações fomentava a atuação de organizações criminosas, o que exige agora uma fiscalização mais rigorosa do setor.

Autores

  • Curso jornalismo na Universidade de Brasília (UnB) e busco unir meus conhecimentos da área da comunicação com o propósito da Arko Advice de entregar as principais notícias da política brasileira.

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  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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