Segundo o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, o Brasil só deve conseguir reduzir significantemente sua taxa de juros depois de “uma série de reformas contínuas”. Ele argumentou que essas reformas não dependem apenas do BC.
Galípolo justificou essa avaliação no fato de que as altas de juros no Brasil têm efeito menor do que o comum na atividade econômica. “Essa taxa de juros, para outra economia, deveria representar uma taxa muito restritiva. Com essas taxas de juros, o Brasil está convivendo com a menor taxa de desemprego e com maior nível de renda das famílias da sua série histórica, e com diversos recordes de atividade econômica”, argumentou.
Alta taxa de juros
A Selic, a taxa de juros, está acima de 10% desde fevereiro de 2022. Atualmente, a taxa está em 14,25, a mais alta desde 2015. Mesmo com o valor mais alto, a expectativa do mercado financeiro é de ainda outras elevações.
A Selic é a taxa básica de juros do país, usada como referência para empréstimos, financiamentos e investimentos. É a principal ferramenta do Banco Central (BC) para controlar a inflação. Em resumo, quando a Selic está alta, obter empréstimos se torna mais caro, o que tende a diminuir a atividade econômica. O BC atua no mercado para manter a taxa alinhada à meta definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).