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Produção industrial recua 0,2% em julho, segundo IBGE

O setor mantém um desempenho negativo desde abril

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (3) os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), que revelam uma queda de 0,2% na produção industrial em julho em relação a junho. O setor mantém um desempenho predominantemente negativo desde abril, quando registrou perda acumulada de 1,5%.

Apesar da retração recente, a produção industrial ainda está 1,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), embora permaneça 15,3% abaixo do recorde histórico atingido em maio de 2011. Na comparação anual, com julho de 2024, o setor apresentou ligeira alta de 0,2%.

O gerente da pesquisa, André Macedo, destaca que a indústria mostra menor intensidade de crescimento desde abril e registra apenas 0,3% acima do patamar de dezembro de 2024.

“[…] um sinal importante da menor intensidade que marca o comportamento da indústria desde abril é evidenciado pelo pequeno saldo positivo em relação ao patamar de dezembro de 2024″

Queda na produção

Houve queda na produção em 13 das 25 atividades industriais, com destaque para:

  • Metalurgia: recuo de 2,3%, interrompendo dois meses consecutivos de avanço, quando acumulou ganho de 1,6%;
  • Outros equipamentos de transporte: -5,3%;
  • Impressão e reprodução de gravações: -11,3%;
  • Bebidas: -2,2%;
  • Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos: -3,7%;
  • Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos: -2,0%;
  • Produtos diversos: -3,5%;
  • Produtos de borracha e de material plástico: -1,0%.

Produção industrial avançou

Na comparação com julho de 2024, a produção industrial avançou 0,2% em julho de 2025. O resultado positivo ocorreu em uma das quatro grandes categorias econômicas, 12 dos 25 ramos, 39 dos 80 grupos e 47,8% dos 789 produtos pesquisados. Vale destacar que ambos os meses tiveram 23 dias úteis.

Entre as atividades, as principais influências positivas vieram de:

  • Indústrias extrativas: +6,3%, puxadas pela maior produção de óleos brutos de petróleo e gás natural;
  • Produtos alimentícios: +2,2%;
  • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos: +12,0%;
  • Máquinas e equipamentos: +5,2%;
  • Produtos químicos: +1,9%;
  • Produtos têxteis: +9,9%;
  • Celulose, papel e produtos de papel: +3,8%;
  • Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos: +8,7%.

André Macedo, explica que o setor extrativo apresentou comportamento positivo em todas as comparações, sendo o principal impacto favorável no resultado geral da indústria. Ele destaca o crescimento contínuo de óleos brutos de petróleo e gás natural.

“Nessa atividade, também vale destacar os resultados positivos no ano de 2025 dos produtos minérios de ferro, manganês e cobre”, explica Macedo.

Autor

  • Curso Jornalismo no Centro Universitário IESB e tenho como objetivo ampliar meus conhecimentos e contribuir com o propósito da Arko. *Estagiária sob a supervisão da reportagem*

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