O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, subiu 0,48% em setembro, após queda de 0,14% em agosto, informou o IBGE nesta quinta-feira (25).
Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,32%, superando o teto da meta do governo, que é de 4,5% (3% mais tolerância de 1,5 ponto percentual).
Energia elétrica influencia alta
A principal influência para a alta foi o aumento da energia elétrica residencial, com aumento de 12,17%, revertendo a queda de agosto. Esse impacto da energia explicou 0,47 ponto percentual do índice e foi causado pelo fim do Bônus Itaipu, benefício que concedeu desconto nas contas de agosto, além da cobrança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que inclui uma despesa adicional para custear usinas termelétricas.
Dos grupos pesquisados, os que registraram variação positiva entre agosto e setembro foram:
-
Habitação: +3,31%
-
Vestuário: +0,97%
-
Saúde e cuidados pessoais: +0,36%
-
Despesas pessoais: +0,20%
-
Educação: +0,03%
Por outro lado, apresentaram quedas:
-
Comunicação: -0,08%
-
Artigos de residência: -0,16%
-
Transportes: -0,25%
-
Alimentação e bebidas: -0,35%
A alimentação em domicílio recuou 0,63% pelo quarto mês consecutivo, com fortes quedas nos preços de tomate, cebola, arroz e café moído, embora as frutas tenham subido em média 1,03%. A alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,36%, abaixo dos 0,71% em agosto, sinalizando desaceleração.
Prévia da inflação
O IPCA-15, chamado de “prévia da inflação”, difere do IPCA tradicional pois coleta preços entre os dias 15 do mês anterior e 15 do mês de referência, abrangendo 11 regiões metropolitanas. Já o IPCA completo, usado para medir a inflação, usa dados de 16 localidades e será divulgado em 9 de outubro.