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Inflação é de 0,26% em julho, segundo dados do IBGE

IPCA acumulou alta de 5,23% nos últimos 12 meses

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou, pelo segundo mês seguido, queda no grupo alimentos e bebidas, que tem o maior peso no índice, com variação negativa de 0,27% entre junho e julho. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12).

Entretanto, a alta na conta de luz pressionou a inflação oficial em julho, levando o IPCA a fechar o mês em 0,26%, ligeiramente acima dos 0,24% registrados em maio.

O IBGE divulgou que o IPCA acumulou alta de 5,23% nos últimos 12 meses. Esse resultado ultrapassa o limite máximo da meta de inflação, que considera a meta central de 3%, acrescida da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, totalizando 4,5%.

Desde setembro de 2024, a taxa de inflação permanece acima do teto da meta, quando marcou 4,42%. Em abril, atingiu o nível mais elevado, com 5,53%. Apesar disso, em julho, a inflação recuou para 5,23%, ficando abaixo dos 5,35% registrados no período encerrado em junho.

Em julho, a conta de energia elétrica residencial subiu 3,04%, exercendo o maior impacto individual no IPCA, equivalente a 0,12 ponto percentual. Essa elevação contribuiu para que o grupo Habitação avançasse 0,91%, com impacto total de 0,14 ponto percentual no índice geral.

Bandeira tarifária vermelha

A principal causa da alta na conta de luz é a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que o governo instituiu para custear as usinas termelétricas durante o período de baixos níveis nos reservatórios das hidrelétricas. Essa cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos começou em junho e foi mantida em julho.

Além disso, reajustes nas tarifas de energia em cidades como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro também pressionaram a conta de luz. Como o IPCA é calculado a nível nacional, esses aumentos regionais impactaram o índice geral.

Segundo o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, sem a influência do aumento na conta de luz, o IPCA teria fechado julho em 0,15%. De janeiro a julho, a energia elétrica residencial subiu 10,18%, bem acima do IPCA acumulado no mesmo período, que foi de 3,26%.

Alimentos e bebidas caem 0,27%

Em julho, o grupo alimentos e Bebidas apresentou recuo de 0,27%, contribuindo assim para aliviar o IPCA do mês em 0,06 ponto percentual. Essa foi a maior queda desde agosto de 2024, quando o grupo registrou variação negativa de 0,44%. Após nove meses seguidos de alta, portanto, o grupo voltou a cair nos meses de junho e julho.

Além disso, o principal responsável pela queda em julho foi a alimentação no domicílio, que caiu 0,69%. Entre os itens que mais influenciaram essa retração estão a batata-inglesa (-20,27%), a cebola (-13,26%) e o arroz (-2,89%). Vale destacar que, em junho, os alimentos já haviam recuado 0,18%.

Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa, explica que, se os preços dos alimentos não tivessem diminuído em média, o IPCA de julho teria fechado em 0,41%, e não em 0,26%.

Autor

  • Curso Jornalismo no Centro Universitário IESB e tenho como objetivo ampliar meus conhecimentos e contribuir com o propósito da Arko. *Estagiária sob a supervisão da reportagem*

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