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IBGE: PIB brasileiro cresce 3,4% em 2024

O resultado total foi puxado, principalmente, pelos setores de serviço e da indústria, que atingiram 3,7% e 3,3% respectivamente

Data:

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,4% em 2024, o equivalente a uma movimentação de R$ 11,7 trilhões na economia. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede o crescimento da economia brasileira, foram divulgados nesta sexta-feira (7).

O resultado total foi puxado, principalmente, pelos setores de serviço e da indústria, que atingiram 3,7% e 3,3% respectivamente. Comparado a 2023, o crescimento foi de 0,9% e 1,6% nos dois setores citados. Por outro lado, a agropecuária sofreu queda de 3,2% no ano, devido aos efeitos climáticos adversos que impactaram negativamente culturas importantes, principalmente a soja e o mijo, que registraram queda de 4,6% e 12,5% respectivamente.

Pela ótica produtiva das atividades econômicas, as áreas de destaque que interferiram na metade do crescimento do PIB foram: outras atividades de serviços, com 5,3%; e indústria de transformação e comércio, com 3,8%.

Além disso, pela perspectiva da demanda, o consumo das famílias foi um dos principais impulsionadores do PIB, por ter alcançado 4,8% e crescido 1,6% em relação a 2023. Outro ponto de destaque foi a área de investimentos, ou a Formação Bruta de Capital Fixo, que chegou a 7,3%. As importações registaram alta de 14,7% em 2024 e as exportações de 2,9%.

PIB do quarto trimestre de 2024

O PIB de 3,4% resulta do leve crescimento de 0,2% no quarto trimestre de 2024 em comparação com o terceiro. A alta tímida também foi vista no setor da indústria, que cresceu 0,3%, e de serviços, com 0,1%. O setor agropecuário recuou 2,%.

De acordo com o IBGE, a desaceleração do ritmo da economia no 4º trimestre é consequência do aumento da inflação, além da alta da taxa de juros e do custo dos alimentos. Segundo o Ministério da Fazenda (MF), o resultado veio abaixo das previsões de mercado e da Secretaria de Política Econômicas (SPE), que apontavam um aumento de 0,4% em relação ao terceiro trimestre.

Os setores de destaque que impulsionaram o crescimento do PIB foram: construção, com alta de 2,5%; indústrias de transformação, com 0,8%; e indústrias extrativas, com 0,7%. Por outro lado, eletricidade, gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos em geral, registraram queda de 1,2%.

Atividades de transporte, armazenagem e correio tiveram alta de 0,4%, enquanto o comércio registrou 0,3%. Já as atividades imobiliárias, de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social mantiveram estáveis. No entanto, as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, além de informação e comunicação registraram resultados negativos, com -0,3% e -0,4% respectivamente.

Na perspectiva da demanda, a despesa de consuma das família caiu 1% perante o crescimento de 0,6% da despesa de consumo do governo e de 0,4% da formação bruta de capital fixo. As exportações caíram 1,3% e as importações 0,1%.

Perspectivas para 2025

Segundo o MF, o ritmo de crescimento deve voltar a subir no primeiro trimestre de 2025, mas desacelerar em seguida. A atividade agropecuária deve registrar a maior alta e o PIB de serviços também deve acelerar na margem. Para a Fazenda, os serviços serão impulsionados em decorrência do reajuste do salário mínimo e crescimento de outras atividades.

No entanto, no segundo trimestre de 2025 o setor agropecuário deverá registrar crescimento negativo. Além disso, no segundo trimestre do ano, as expectativa é que o ritmo de crescimento se mantenha próximo à estabilidade. Por fim, para o PIB de 2025, a SPE projeta expansão de 2,3%.

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  • Curso jornalismo na Universidade de Brasília (UnB) e busco unir meus conhecimentos da área da comunicação com o propósito da Arko Advice de entregar as principais notícias da política brasileira.

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