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Haddad: Tarifaço prejudicou mais do que beneficiou os EUA

Ministro da Fazenda prevê avanços nas negociações com Washington

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta terça-feira (7), durante participação no programa Bom Dia Ministro que o Brasil apresentará argumentos econômicos sólidos aos Estados Unidos com o objetivo de reverter o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros. Segundo ele, o principal argumento será que a medida adotada pelos EUA tem elevado o custo de vida da população americana.

“Eles estão com o café da manhã mais caro, eles estão pagando o café mais caro, eles estão pagando a carne mais cara, eles vão deixar de ter acesso a produtos brasileiros de alta qualidade no campo, também, da indústria”, disse Haddad.

O ministro destacou que, nos últimos dois meses, os Estados Unidos perceberam que as medidas adotadas mais prejudicaram do que ajudaram o país. Ele lembrou ainda que os EUA têm superávit comercial com o Brasil e amplas oportunidades de investimento em áreas como energia limpa, minerais críticos e transformação ecológica.

Imposto de renda

O ministro classificou a proposta de reforma do imposto de renda como inovadora e necessária, embora admita que enfrentou desafios durante sua elaboração. Segundo ele, a ideia ganhou espaço e o resultado da votação não foi uma surpresa, já que, antes mesmo da decisão, avaliava que seria difícil para um deputado votar contra a proposta. Por fim, Haddad disse ter expectativa de que o Senado vote o texto ainda em outubro.

“Tenho muita expectativa de votar ainda em outubro no Senado”, afirmou o ministro

Videoconferência entre Lula e Trump

Nesta segunda-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ligou para o presidente Lula (PT).

Durante uma videoconferência de meia hora, Lula solicitou a retirada da sobretaxa de 40% que o governo norte-americano impôs aos produtos brasileiros, além de pedir o fim das medidas restritivas contra autoridades brasileiras.

O ministro afirmou que a estratégia definida por Lula trará os melhores resultados para o Brasil, independentemente de quem negociar em nome dos EUA.

Ao ser questionado sobre um encontro presencial entre o presidente Lula e Trump, Haddad explicou que, antes da reunião presencial, pode ocorrer um encontro em nível ministerial, assim como aconteceu por telefone. Além disso, ele ressaltou que, após a videoconferência, novas etapas deverão seguir.

“Talvez exista uma conversa em nível ministerial para preparar um encontro entre o presidente Lula e Donald Trump”, disse.

Autor

  • Curso Jornalismo no Centro Universitário IESB e tenho como objetivo ampliar meus conhecimentos e contribuir com o propósito da Arko. *Estagiária sob a supervisão da reportagem*

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