Após empresas automotivas com fábricas no Brasil e montadoras chinesas levaram demandas opostas ao governo, o Ministério da Indústria e Comércio avalia um meio-termo. Segundo o ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) pede que seja antecipado o calendário de elevação de imposto de importação para kits fabricados no exterior para montagem no Brasil (SKD e CKD).
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Assim a alíquota de 35%, prevista para 2028, passaria a valer em 2026. Por outro lado, montadoras chinesas, que trazem os kits automotivos prontos para montar os carros no Brasil, pedem a redução da tarifa.
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“Uma outra hipótese que surgiu foi não reduzir [alíquotas], mas dar uma quota. Assim, anteciparia os 35% para 2026, como no pleito da Anfavea, e, ao invés de reduzir tarifa, estabeleceria uma quota até 1º de julho de 2026”, propôs Alckmin.
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Essa alternativa permitiria uma transição menos brusca até que o setor se adapte às novas regras, e ao mesmo tempo daria resposta à pressão das empresas instaladas no território nacional. O objetivo é impedir uma fuga de investimentos e empregos, sem fechar as portas para a competitividade estrangeira ou comprometer o processo de inovação tecnológica do parque automotivo brasileiro.
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Segundo o ministro, a ideia vai ser discutida primeiro no Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Assim, as propostas dependeriam do aval de diversos ministérios.