20.5 C
Brasília

Estudo indica que empresas brasileiras ainda não se adaptaram à reforma tributária

A primeira fase da transição para o novo sistema começa em 1º de janeiro

Data:

Um levantamento realizado pela empresa de tecnologia V360 revela que, a menos de três meses da entrada em vigor das primeiras obrigações práticas da reforma tributária, 72% das empresas brasileiras de médio e grande porte ainda não se prepararam para adaptar seus processos internos às novas regras de recolhimento e declaração de tributos sobre consumo.

Além disso, a primeira fase da transição para o novo sistema começa em 1º de janeiro.

A pesquisa ouviu 355 companhias dos setores de varejo, indústria, construção civil, agronegócio e tecnologia. Vale destacar que a maioria das empresas consultadas está sediada na Região Sudeste (68,2%).

De acordo com o estudo:

  • 33,2% das empresas não discutiram internamente os impactos da reforma;
  • 38,6% iniciaram apenas um levantamento preliminar;
  • Apenas 28,1% já elaboraram um plano estruturado de adaptação ao novo sistema tributário.

Unificação de tributos

A reforma tributária, aprovada em 2023 e regulamentada este ano, tem como objetivo unificar diversos tributos sobre consumo, como:

  • Programa de Integração Social (PIS);
  • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
  • Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
  • Imposto sobre Serviços (ISS).

Para substituir esses tributos, foram criados:

  • Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), administrado pelos estados e municípios;
  • Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pelo governo federal.

Além disso, o governo implementará gradativamente as mudanças a partir de janeiro de 2026, aplicando uma alíquota de teste de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS.

Dificuldades

O levantamento indica que as principais dificuldades das empresas estão no recebimento e na conferência de notas fiscais, que agora exigem a inclusão de cerca de 200 novos campos para se adequarem aos novos tributos.

Além disso, empresas que não realizarem a transição dentro do prazo previsto podem enfrentar bloqueios de faturamento e dificuldades no pagamento de fornecedores, impactando o fluxo de caixa e a continuidade das operações.

O relatório também observa que a maior parte das companhias está concentrando esforços na emissão das novas notas fiscais, mas negligencia o processo de ingresso fiscal, ou seja, a forma como recebem, conferem e pagam seus fornecedores.

Autor

  • Curso Jornalismo no Centro Universitário IESB e tenho como objetivo ampliar meus conhecimentos e contribuir com o propósito da Arko. *Estagiária sob a supervisão da reportagem*

    Ver todos os posts

Compartilhe

Inscreva-se

Receba as notícias do Política Brasileira no Whatsapp

Leia Mais
Relacionado

Eduardo Paes avança três casas no tabuleiro eleitoral do Rio de Janeiro

A complexidade do cenário eleitoral esperado para 2026 no...

Relator da PEC da Jornada 6×1 sugere redução gradual da carga semanal para 40 horas

O deputado Luiz Gastão (PSD-CE) apresentou, nesta quarta-feira (3),...

Governo cria Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos para mobilização de recursos para investimentos sustentáveis

Plataforma e Comitê Gestor visam mobilizar recursos para mitigar o clima, promover a bioeconomia e a transição ecológica

Análise: Três possíveis cenários para a disputa de 2026 ao Governo do RS

A divisão da esquerda pode levar a um segundo turno entre o centro e a direita