Durante o Fórum Empresarial Brasil-China, que aconteceu nesta segunda-feira (12), em Pequim, foi anunciado que empresas da China farão investimentos no Brasil que somam R$ 27 bilhões. O número foi divulgado pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil), Jorge Viana.
GWM e Meituan lideram os maiores aportes
A GWM, conhecida como uma das maiores montadoras chinesas, anunciou investimento de R$ 6 bilhões para a expansão de suas operações no Brasil, de onde exportará para toda a América do Sul e o México.
Já a Meituan, plataforma chinesa de delivery, investirá cerca de R$ 5 bilhões para atuar no mercado de entregas, por meio do aplicativo Keeta. O investimento prevê, nos próximos cinco anos, a geração de 100 mil empregos indiretos e a instalação de uma central de atendimento no Nordeste, com 3 a 4 mil empregos diretos.
Ainda segundo Viana, 25% de tudo o que o Brasil importa vem da China. “Estamos aqui com 20 setores da economia do Brasil: só do agronegócio e da agricultura são 13. E, quando nós analisamos a segurança alimentar, a produção agrícola e agropecuária que a China importa, esse valor chega a US$ 215 bilhões e 25% disso vem de empresas e grupos brasileiros”, afirmou.
Parcerias em saúde, energia e tecnologia
O presidente Lula (PT) também esteve presente no evento e afirmou: “É importante lembrar que, em 50 anos de relações bilaterais, nosso comércio evoluiu de maneira extraordinária. Só para se ter ideia, o nosso comércio de 2003 até 2025 cresceu aproximadamente 30 vezes. Uma demonstração de que o potencial da relação entre China e Brasil é inesgotável (…)”.
Foram firmados acordos entre as seguintes empresas:
- Eurofarma e Sinovac criarão o Instituto Brasil-China para a Inovação em Biotecnologia e Doenças Infecciosas e Degenerativas.
- Raízen Energia e SAFPAC estabeleceram as bases para discussão e um potencial acordo de longo prazo para fornecimento de bioetanol pela Raízen à SAFPAC, visando à produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) na China.
- REAG Capital Holding e CITIC Construction cooperam no âmbito do programa nacional de conversão de pastagens degradadas em sistemas de produção agrícola e florestal sustentável no Brasil.
- ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e o ZGC, mais importante parque tecnológico chinês, fomentam parcerias em inteligência artificial, infraestrutura de dados, expansão de mercados e capacitação de talentos.
- Fiocruz e a empresa chinesa Biomm, do setor farmacêutico, investem na produção local de insulina, fortalecendo o fornecimento estável do medicamento no Brasil e beneficiando 16 milhões de pessoas com diabetes.

