Os investimentos no Tesouro Direto atrelados à Selic, em agosto, representaram 53,1% de todas as vendas do programa no período. O movimento reflete uma estratégia dos investidores devido ao atual patamar da taxa básica de juros. Durante o período, essa categoria somou R$ 3,4 bilhões em investimentos.
No último mês, o Tesouro Direto registrou um volume total de investimentos de R$ 6,39 bilhões, distribuídos em 861.853 operações. Desse montante, a emissão líquida — diferença entre aplicações e resgates — foi de R$ 2,93 bilhões.
Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, RendA+ e Educa+) também tiveram uma participação relevante, com vendas de R$ 2,3 bilhões (36,3% do total). Já os títulos prefixados corresponderam a 10,6% das vendas, somando R$ 0,7 bilhão.
Vale ressaltar que a preferência pelo Tesouro Selic também se estendeu aos resgates. Dos R$ 3,45 bilhões resgatados no mês, 66,8% (R$ 2,2 bilhões) foram de títulos indexados à Selic, o que demonstra a alta liquidez e o uso desse papel como reserva de emergência.
Crescimento do estoque do Tesouro Direto
Ainda segundo dados do Tesouro Nacional, 56,8% das operações de investimento foram de até R$ 1 mil, demonstrando o acesso de pequenos investidores ao mercado de títulos públicos. Entretanto, o valor médio por operação no mês foi de R$ 7.409,19.
O estoque total do Tesouro Direto também apresentou alta, alcançando R$ 190,2 bilhões em agosto. Isso rpresenta um aumento de 2,4% em relação a julho e um salto de 34,4% em comparação com agosto do ano anterior. Apesar da alta demanda mensal pelo Tesouro Selic, os títulos atrelados à inflação ainda são os mais representativos no estoque acumulado, com R$ 96,9 bilhões (51,0%), seguidos pelos títulos Selic, com R$ 69,4 bilhões (36,5%).
O número de investidores ativos no programa também cresceu, atingindo a marca de 3.149.407 pessoas, um acréscimo de mais de 50 mil novos investidores apenas em agosto. Em 12 meses, o aumento foi de 18,2%.

