O Brasil avançou da 62ª para a 58ª posição no Ranking Mundial de Competitividade 2025 do International Institute for Management Development (IMD), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). Este é o melhor resultado do país desde 2021, apesar de ainda figurar entre os últimos colocados entre os 69 países avaliados.
Principais fatores para a melhora
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Desempenho econômico: O avanço foi impulsionado principalmente pela performance da economia brasileira e por ganhos em eficiência empresarial.
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Eficiência governamental: Subsídios governamentais continuam contribuindo positivamente para o Brasil, assim como o aumento da atividade empreendedora em estágio inicial, que subiu quatro posições na subcategoria.
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Infraestrutura e energias renováveis: O país também se destacou no subfator de energias renováveis, ajudando a melhorar sua posição geral.
Contudo, questões como ambiente regulatório ruim, pouca abertura econômica, falta de mão de obra qualificada, custo de capital elevado e dívida corporativa não fizeram o Brasil subir mais posições no ranking do instituto.
Destaques positivos do Brasil
O relatório do IMD aponta que o Brasil está entre os dez melhores do mundo nos seguintes quesitos:
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Fluxo de investimento direto estrangeiro
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Crescimento de longo prazo do emprego
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Subsídios governamentais
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Atividade empreendedora em estágio inicial
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Energias renováveis
Comparação com outros países latino-americanos
No contexto regional, o Brasil ainda está atrás de:
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Chile: 42º lugar
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Colômbia: 54º lugar
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México: 55º lugar
Argentina (62º) e Venezuela (69º) ficam atrás do Brasil, enquanto o Uruguai não foi avaliado em 2025.
Piores e melhores do ranking
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Piores colocados: Namíbia (68º), Nigéria (67º), Turquia (66º), Mongólia (65º) e África do Sul (64º) enfrentam desafios como instabilidade institucional e infraestrutura precária.
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Top 5: Suíça (1º), Singapura (2º), Hong Kong (3º), Dinamarca (4º) e Emirados Árabes Unidos (5º) lideram o ranking, destacando-se em performance econômica, eficiência empresarial e institucional.
Maiores economias fora do top 10
Os países com os maiores PIBs do mundo não figuram entre os dez primeiros do ranking:
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Estados Unidos: 12º
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China: 16º
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Alemanha: 19º
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Japão: 35º
Metodologia do ranking
O IMD avalia competitividade com base em quatro fatores principais:
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Performance econômica
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Eficiência governamental
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Eficiência empresarial
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Infraestrutura
Cada fator é composto por diversos indicadores, como comércio internacional, investimento direto, geração de empregos, entre outros, indo além do simples tamanho do PIB.