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Brasil pode se tornar referência em biocombustíveis no setor de aviação

País tem quatro projetos em desenvolvimento e legislação já prevê metas obrigatórias para uso do SAF a partir de 2027

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Estudo publicado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) demonstrou que o Brasil pode se tornar referência na produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) na América do Sul, correspondendo a 75% da geração da região nos próximos anos. 

O país possui quatro instalações produtoras de SAF em fase de planejamento. Os alojamentos têm sido incentivados pela promulgação da Lei do Combustível do Futuro com potencial de atender a 12% da demanda estimada para 2030. 

Nos últimos 15 anos, mais de 800 mil voos comerciais em todo mundo foram operados utilizando essa fonte energética, com 69 aeroportos abastecendo regularmente as aeronaves com biocombustível.

A pesquisa faz um detalhado mapeamento sobre as vantagens e desafios da utilização do SAF no Brasil. Para a CNT, a adoção do biocombustível no segmento da aviação executiva é importante para o país por possuir a segunda maior frota de aviões desse tipo no cenário global.

SAF

O combustível sustentável de aviação, também conhecido como SAF (em inglês, Sustainable Aviation Fuel), é o termo utilizado no setor aéreo para descrever combustíveis não convencionais produzidos a partir de insumos renováveis.

A produção do SAF é feita a partir de matérias-primas como óleos vegetais, resíduos orgânicos e biomassa. Além disso, o biocombustível dispensa alterações nas aeronaves e na infraestrutura aeroportuária de abastecimento. 

Ao redor do mundo, existem 146 indústrias especializadas no insumo, concentradas principalmente na América do Norte, na Europa e na Ásia e chegam a produzir 19 milhões de toneladas por ano. 

Vantagens e desafios

Apesar do potencial, a produção do SAF ainda se encontra em estágio inicial no Brasil, dispondo de uma série de vantagens.

Por outro lado, enfrenta desafios como altos custos, escala industrial limitada e a necessidade de avanços regulatórios e incentivo financeiro para estimular a produção e viabilidade econômica. 

De acordo com a CNT, potencializar a capacidade produtiva do combustível e parcerias público-privadas podem ser impulsionadores para a construção de biorrefinarias e adequação de indústrias produtoras já existentes.

Autor

  • Luiza Melo*

    Graduanda de Jornalismo pela Universidade de Brasília. Teve passagem pela Agência Senado e Poder360. Encantada pelo jornalismo político e internacional. Atualmente, auxilia na cobertura de política no site Política Brasileira. *Estagiária sob a supervisão da reportagem.

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