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Brasil cria 257,5 mil empregos formais em abril, melhor resultado para o mês desde 2020

Saldo supera expectativas do mercado e é positivo em todos os estados e setores

Data:

O Brasil registrou saldo positivo de 257.528 empregos com carteira assinada em abril, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado superou as expectativas de analistas, que previam cerca de 175 mil vagas, e representa o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020.

No acumulado do ano, o país já gerou 922 mil vagas formais. Nos últimos 12 meses (maio de 2024 a abril de 2025), o saldo positivo é de 1,64 milhão de novos empregos. O estoque total de vínculos celetistas ativos chegou a 48,12 milhões em abril, com variação de +0,54% em relação ao mês anterior.

Setores e regiões

O saldo de abril decorreu de 2.282.187 admissões e 2.024.659 desligamentos. Todos os grandes setores apresentaram saldo positivo:

  • Serviços: +136.109 vagas

  • Comércio: +48.040 vagas

  • Indústria: +35.068 vagas

  • Construção: +34.295 vagas

  • Agropecuária: +4.025 vagas

Todas as 27 unidades da federação tiveram variação positiva. Os maiores saldos foram registrados em São Paulo (+72.283), Minas Gerais (+29.083) e Rio de Janeiro (+20.031). Os menores saldos ficaram com Alagoas (+414), Roraima (+669) e Acre (+760).

Perfil das contratações

  • Homens: 133.766 vagas

  • Mulheres: 123.762 vagas

  • Faixa etária com maior saldo: 18 a 24 anos (+126.300)

  • Maior saldo por escolaridade: ensino médio completo (+191.084)

  • Faixa salarial predominante: até 1,5 salários mínimos (+178.593)

  • Raça/cor: pardos (+171.377), brancos (+78.400)

Salários

O salário médio real de admissão em abril foi de R$ 2.251,81, alta de 0,71% em relação a março e de 0,28% em relação a abril de 2024, já descontada a inflação.

Avaliação do governo

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, destacou que o resultado reflete o esforço do governo para manter a economia funcionando, mas voltou a criticar o patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 14,75%. Segundo Marinho, os juros altos dificultam a geração de empregos e o crescimento econômico.

“Os juros estão excessivamente elevados e a gente sempre registra isso. O empresariado reclamando dos juros e a gente sempre alerta para a bússola do Banco Central ser melhor calibrada do ponto de vista de pensar o futuro. O que está acontecendo é a projeção de um crescimento um pouco menor do que foi o ano passado”, disse.

Autor

  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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