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Balança comercial brasileira tem déficit de US$ 324 milhões em fevereiro

O valor é resultado da queda nas exportações em 1,8%, cerca de US$ 22,93 bilhões, e do crescimento das importações em 27,6%, US$ 23,25 bilhões

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A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 324 milhões no mês de fevereiro de 2025. O valor resulta da queda nas exportações em 1,8%, cerca de US$ 22,93 bilhões, e do crescimento das importações em 27,6%, US$ 23,25 bilhões. A corrente de comércio aumentou 11,1% e alcançou US$ 46,18 bilhões.

Segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, o déficit é resultado da compra da plataforma de petróleo chinesa pelo Brasil, no valor de U$ 2,7 bilhão. A plataforma é a maior do território até então e impulsionou bastante as importações. No entanto, por outro lado, houve redução das exportações devido a queda dos preços dos bens.

Os dados são da balança comercial de fevereiro, divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) nesta sexta-feira (7).

No acumulado do primeiro bimestre, somando janeiro e fevereiro e comparando com o ano passado, as exportações tiveram uma perda de 3,6%, o equivalente a US$ 48,25 bilhões. Por outro lado, as importações cresceram 19,6%, somando US$ 46,32 bilhões. A diferença dos valores gerou superávit de US$ 1,93 bilhões na balança comercial e aumento da corrente de comércio em 6,5%, atingindo US$ 94,57 bilhões.

Exportações brasileiras

Em Fevereiro de 2025, a queda total das exportações resultou do crescimento de 1,3%, na agropecuária, alta de 8,1% na indústria de transformação e queda da indústria extrativa de 26,4%.

A diminuição das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas de alguns produtos como minérios de metais preciosos e seus concentrados, que registraram uma redução de 88,3%. Açúcares e melaços caíram em 46,3%, e minério de ferro e concentrados diminuíram em 36,6%.

Mesmo assim, alguns produtos registraram aumento nas vendas como o gás natural, liquefeito ou não, com aumento de 2.366.983,2%. Trigo e centeio, não moídos, cresceram 196%. Os outros minérios e concentrados dos metais de base tiveram aumento de 189,8%.

Ao analisar o primeiro bimestre, destaca-se uma queda de 4,1% no setor agropecuário e de 17,6% na indústria extrativa. Houve também crescimento de 3,7% na indústria de transformação.

Os principais parceiros comerciais brasileiros no mês de fevereiro foram a Argentina, com aumento de 54% nas exportações, e os Estados Unidos, com crescimento de 22,9%.

Importações brasileiras

O aumento das importações em fevereiro de 2025 resultou do crescimento de 30,4% no setor agropecuário, da queda de 18,9% na indústria extrativa e da alta de 31% na indústria de transformação.

Os produtos que mais registraram avanço nas compras foram plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes, com aumento de 16.220,6%. Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais registaram alta de 203%, e cacau em bruto ou torrado de 162,8%. Por outro lado, materiais radioativos e associados sofreram uma queda de 92,3% nas compras. Arroz com casca, paddy ou em bruto também tiveram redução de 74,8%. Centeio, aveia e outros cereais, não moídos caíram em 39,1%.

No acumulado do bimestre, houve crescimento de 24,8% no setor agropecuária, redução de 13,7% na indústria extrativa e crescimento de 21,8% na indústria de transformação.

Os principais parceiros comerciais brasileiros no mês de fevereiro foram China, Hong Kong e Macau, com aumento de 76,8% nas importações, e os Estados Unidos, com crescimento de 19,9%.

Autor

  • Curso jornalismo na Universidade de Brasília (UnB) e busco unir meus conhecimentos da área da comunicação com o propósito da Arko Advice de entregar as principais notícias da política brasileira.

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