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Retrovisor Político: aumento do IOF pressiona governo, STF investiga Eduardo Bolsonaro e Senado aprova medidas importantes

Confira o Retrovisor Político dessa semana

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A semana (26-30) no cenário político foi marcada por embates no Congresso, decisões relevantes do Supremo Tribunal Federal e movimentações internacionais que impactam a economia global. O Retrovisor Político dessa semana traz os principais destaques:

IOF

O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo governo gerou forte repercussão negativa no Congresso. Com o risco de o decreto ser derrubado, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), reuniram-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e definiram um prazo de 10 dias para que o Executivo apresente uma alternativa ao reajuste. O vice-presidente da Arko Advice, Cristiano Noronha, comentou os efeitos políticos da medida e os desafios enfrentados por Haddad para manter apoio no Parlamento.

STF investiga Eduardo Bolsonaro

No Judiciário, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele é investigado por suspeita de coação, tentativa de obstrução de justiça e incitação a golpe de Estado. O CEO da Arko Advice, Murillo de Aragão, analisou o impacto do inquérito sobre o ambiente político e o discurso da oposição.

Regulação das apostas esportivas

No Senado, foi aprovado o projeto que impõe restrições à publicidade de apostas esportivas, as chamadas “bets”. A proposta proíbe a participação de artistas, influenciadores digitais e atletas nas propagandas, além de vetar elementos que atraiam o público infantil. A divulgação também ficará restrita a determinados horários.

Agora, o texto segue para análise na Câmara dos Deputados. O analista político Pedro Leal explica que o projeto enfrentará forte lobby do setor, e negociações devem se intensificar nos próximos dias.

Cenário internacional: tarifas e tensões

Nos Estados Unidos, o Tribunal de Comércio Internacional de Nova York suspendeu o chamado “tarifaço” proposto pelo ex-presidente Donald Trump. A Casa Branca recorreu da decisão, mas por enquanto, a medida segue barrada.

Além disso, Trump adiou a imposição de tarifas de 50% contra produtos da União Europeia. Prevista para entrar em vigor em 1º de junho, a cobrança foi remarcada para 9 de julho, em meio às tentativas de negociação com o bloco europeu. O analista Pedro Carvalho destacou como essas decisões influenciam as estratégias políticas e econômicas do republicano em ano eleitoral.

Reajuste e reforma administrativa

No Brasil, o Senado aprovou o projeto que concede reajuste a servidores do Poder Executivo e cria novas carreiras. O texto já havia passado pela Câmara e agora segue para sanção presidencial, sem alterações.

Em outra frente, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou a criação de um grupo de trabalho para discutir a reforma administrativa. Segundo ele, a proposta é um dos caminhos para o equilíbrio fiscal e o controle dos gastos públicos.

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