Segundo o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, o governo tem utilizado ferramentas de inteligência artificial para localizar processos que podem ser solucionados por meio de acordos. Assim, se evitaria a transformação dos processos em precatórios. Segundo ele, essa estratégia teria permitido ao governo economizar R$ 90 bi em 2024 e R$ 60 bi em 2023. Messias argumenta que a estratégia de permitir o prosseguimento das discussões na Justiça custa mais caro do que fazer o pagamento na fase inicial do processo.
“Quando pagamos a despesa pela via judicial, com correção, multa e honorários, nós pagamos muito mais. Há um dano ao erário, porque pagamos mais caro. […] Eu tenho tentado convencer meus colegas na Esplanada de que não podemos mais mascarar o problema”, argumentou, em resposta ao CEO da Arko, Murillo de Aragão, no Arko Conference, uma parceria da Arko Advice com a Galápagos Capital.
Aposentadorias e benefícios
Segundo o ministro, os melhores resultados têm sido atingidos em relação aos processos relacionados às aposentadorias, e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
“O gasto previdenciário é muito fácil estabelecer algoritmos e robôs que indeferem os pedidos de pedidos previdenciários e assistenciais. No Judiciário, demora 2 ou 3 anos para conceder um benefício que vamos pagar bem mais caro. Não é melhor pagar isso de forma correta?”, justificou.
O ministro ainda disse que a estratégia da inteligência artificial permitiu reduzir o número de ações respondidas pela União de 470 mil para 135 mil processos.