26.5 C
Brasília

Haddad não descarta mudanças na reforma do IR, mas defende projeto enviado pelo governo

Ministro da Fazenda afirma que governo pode incorporar sugestões ao projeto, desde que promovam justiça social e equilíbrio econômico

Data:

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o governo não terá problema em incorporar mudanças ao projeto de reforma do Imposto de Renda (PL 1087/25), desde que tenha impacto positivo sobre a justiça social. Segundo ele, porém, a Fazenda atuará para divulgar os impactos econômicos e sociais das modificações sugeridas pelo Congresso.

“Vamos fazer tudo com a maior transparência. Alguém enviou uma emenda, vamos fazer o cálculo de impacto. ‘Essa emenda tem tal impacto na distribuição de renda, essa emenda corrige, ou não, uma distorção’. Se ela for boa, nós vamos ser os primeiros a incorporar no discurso oficial do governo. Não temos preconceito contra ideias. Mas temos um foco, que é fazer mais justiça social”, declarou Haddad, durante participação no Arko Conference 2025, com mediação do diretor da Arko, Lucas de Aragão. O evento foi uma parceria da Arko Advice com a Galápagos Capital.

Apesar de ter mostrado abertura a alterações na proposta, Haddad se declarou muito satisfeito com o formato atual. “Se tem um desenho de política pública que eu me orgulho de ter contribuído é esse. Ela é muito elegante. […] É um modelo que efetivamente pega que não paga”, argumentou.

O que diz o projeto

O projeto concede isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil, e prevê desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Como forma de compensar a renúncia fiscal gerada pela ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), o governo propôs uma alíquota mínima efetiva de 10% sobre ganhos entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão. A previsão é que a medida deverá atingir 141 mil pessoas classificadas como “super ricas”, que atualmente não pagam imposto sobre todo o rendimento.

Caso a pessoa, após a apuração, tenha uma renda constatada acima de R$ 600 mil, ela poderá estar sujeita à alíquota mínima efetiva. A alíquota será progressiva, até atingir 10% para pessoas com renda a partir de R$ 1,2 milhão por ano. A cada R$ 60 mil acima de R$ 600 mil, a alíquota será elevada de forma linear. Exemplo: Quem tem renda de R$ 900 mil por ano terá uma alíquota mínima efetiva de 5%.

Autor

  • Jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Coordenador de jornalismo na Arko Advice, contribui para o Política Brasileira com bastidores da política nacional. Tem passagem como repórter pelo Correio Braziliense, Rádio CBN e Brasil61.com. Mestrando em Ciência Política.

    Ver todos os posts

Compartilhe

Inscreva-se

Receba as notícias do Política Brasileira no Whatsapp

Leia Mais
Relacionado

Leilão da nova concessão da BR-381 (MG-SP) será no dia 11 de dezembro

Rodovia Fernão Dias terá novo contrato para modernização e ampliação de capacidade

Senado suspende exigência de licença prévia para ferrovias privadas

Projeto suspende exigência ambiental para debêntures ferroviárias

Flávio Dino acompanha Moraes e vota pela condenação de Bolsonaro e mais sete

Ministro defende penas mais severas para Bolsonaro e punições diferenciadas para alguns réus

Governo de SP relança programa para renegociação de dívidas tributárias

Iniciativa oferece descontos de até 75% e parcelamento em 120 vezes para débitos de ICMS, IPVA, ITCMD e multas do Procon inscritos em dívida ativa