Os legislativos estaduais devem se dedicar nesta reta de final de ano à análise das suas respectivas leis orçamentárias para o ano de 2026. Até o momento, apenas o governador do Tocantins não encaminhou sua proposta à Assembleia local, o que deve acontecer na segunda quinzena de novembro..
Do conteúdo já disponível, é possível extrair que os seguintes estados apresentaram orçamentos deficitários: 1- Rio de Janeiro (R$ 18,93 bi); 2- Minas Gerais (R$ 5,22 bi); 3- Rio Grande do Sul (R$ 3,80 bi); e 4- Rio Grande do Norte (R$ 1,55 bi).
Note-se que, entre estes, Minas Gerais foi o único que conseguiu reduzir seu déficit em relação ao exercício de 2025 (de R$ 8,65 bi para R$ 5,22 bi, o que equivale a 39,28% de redução). A estimativa de receita aumentou em 9,03%, e a de despesa em 6,41%, o que demonstra balanço positivo para 2026.
Na contramão, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul aumentaram seus déficits (respectivamente, de R$ 14,67 bi para R$ 18,93 bi, o equivalente a 29,11%; e, de R$ 2,83 bi para R$ 3,80 bi, o equivalente a 34,29%). O Rio de Janeiro incrementou a receita em 0,11% e a despesa em 3,47%, assim como o Rio Grande do Sul incrementou a receita em 5,79% e a despesa em 6,60%. Ambos estão com balanço negativo para 2026, sendo que o Rio de Janeiro apresenta cenário mais crítico.
O Rio Grande do Norte é o novato da lista deficitária, pois, diferentemente de 2025, quando previu equilíbrio das contas, a estimativa para 2026 é de um déficit de R$ 1,55 bi. A projeção sinaliza para um incremento de 10,10% da receita, enquanto a despesa aumenta em escala maior: 15,21%.
Alagoas é a única Unidade da Federação que, como em 2025, prevê superávit alavancado para 2026 (de R$ 4,92 bi para R$ 5,64 bi, o equivalente a 14,51%).
O Piauí é o ente que mais sinaliza incremento da receita, o equivalente a 19,81% em relação a 2025 (de R$ 23,13 bi para R$ 28,84 bi). Na segunda colocação, Amazonas, com projeção positiva de 17,34% (de R$ 31,46 bi para R$ 39,05 bi), na terceira, Mato Grosso com projeção positiva de 16,91% (de R$ 37,08 bi para R$ 44,62 bi). Em diferentes escalas, todos estados aumentaram sua estimativa de receita, mas Piauí, Amazonas e Mato Grosso são os únicos que ultrapassam o percentual de 15,00% de incremento. Rio de Janeiro foi o menor incrementado de receita, já sinalizado, de 0,11%.
Importante comentar que, após as respectivas análises das Assembleias Legislativas, os números expostos poderão sofrer alterações que, em alguns casos, devem influenciar negativamente os orçamentos, diminuindo saldos positivos e aumentando os déficits. Isso porque algumas análises prévias já denunciam possíveis “maquiagens” e projeções de receitas “fictícias”.

