De acordo com levantamento realizado pela Arko Advice, o apoio ao governo voltou a cair em setembro, após duas altas consecutivas. A adesão aos projetos de interesse do Palácio do Planalto, a partir da análise de 21 votações nominais e abertas, registrou a marca de 55,25%. Em agosto, o percentual chegou a 63,22% – o segundo maior do ano.

A queda coincide com o atrito entre o governo e o União Brasil. Lembrando que o presidente da sigla, Antonio Rueda, foi alvo de investigação da Polícia Federal (PF). O nome de Rueda passou a constar nas investigações que apuram a infiltração da facção criminosa denominada Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores financeiro e de combustível no Brasil.
Depois do episódio, o partido recomendou que filiados à legenda entregassem os cargos que mantinham na gestão Lula.
Entre os temas analisados, está a urgência para o projeto de lei da anistia para os envolvidos na acusação de tentativa de golpe de Estado. O requerimento foi aprovado no dia 17 de setembro com 311 votos a favor, 163 contrários e sete abstenções.
O projeto ainda aguarda a análise do plenário da Câmara. Enquanto a oposição insiste em uma anistia ampla, geral e irrestrita, o relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), propõe mudanças que podem resultar na redução da pena dos condenados pela Justiça.
Em termos partidários, as siglas mais alinhadas ao governo no mês passado foram: PCdoB (84,65%); Rede (80,95%); PDT (80,35%); e PT (79,46%). Os partidos que ficaram abaixo da média do mês foram: MDB (53,06%); PP (52,38%); PSDB (47,61%); Cidadania (46,42%); e União (45,92%).
Com a proximidade do processo eleitoral, a expectativa é de que o apoio do governo no Congresso continue baixo e que o governo, cada vez mais, tenha de construir maiorias a cada votação de interesse.


