De acordo com levantamento da Arko Advice, o apoio do governo na Câmara dos Deputados em outubro permaneceu estável, na comparação com o mês de setembro. O índice ficou em 55,27%, ante 55,25% em setembro. Para o levantamento, foram analisadas 24 votações nominais e abertas em que o governo orientou o voto a favor ou contra. Dessas 24, o governo foi derrotado em cinco.
Entre os itens analisados, um dos mais relevantes foi a MP nº 1.303/25, que tratava da tributação de bets e fintechs. Os deputados aprovaram um requerimento de retirada de pauta da medida provisória, o que acabou resultando na caducidade da MP. Nessa votação, foram 251 votos contra o governo e 193 favoráveis. Para manter o equilíbrio das contas públicas, o governo agora tenta avançar com projeto semelhante apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). O tema está sob análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM).
Por outro lado, o governo conseguiu aprovar, com 493 votos favoráveis e nenhum contrário, o projeto de lei sobre isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Por se tratar de matéria extremamente popular, a aprovação, com amplo apoio, já era esperada. Trata-se de uma das principais apostas do presidente Lula (PT) para melhorar seus índices de popularidade.
Outra matéria importante na agenda prioritária do governo aprovada pelos deputados foi a MP nº 1.304/25, sobre o setor elétrico. Entre as preocupações do governo ao editar a medida, estava o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que subsidia políticas públicas no setor elétrico, como a Tarifa Social de Energia Elétrica e o programa Luz para Todos. Com os subsídios para o setor, a CDE se aproxima de R$ 50 bilhões em 2025, impactando a tarifa final.
Entre as cinco legendas mais alinhadas ao governo, aparecem: PT (84,49%); PV (83,69); PCdoB (81,15%); PSB (80,16%); e PDT (74,45%). As que mais votaram contrariamente ao Palácio do Planalto foram: Novo (68,69%); PL (55,68); PRD (36,52%); PSOL (30,12%); e Rede (25%).

